Conheça os benefícios do consumo de azeite para a saúde
Segundo os dados do Conselho Oleícola Internacional e da Consultora Juan Vilar, 95% do azeite produzido em Portugal é virgem ou virgem-extra, demonstrando a qualidade singular da produção olivícola nacional. Qualidade essa que não se reflete apenas nos atributos sensoriais do produto, mas também nas suas propriedades nutricionais.
O consumo de azeite, particularmente o virgem-extra, enquadrado numa dieta mediterrânica – regime alimentar característico dos territórios banhados pelo Mar Mediterrâneo, nos quais a cultura da oliveira é predominante – traduz-se em inúmeros benefícios para a saúde humana, como tem vindo a ser comprovado pela evidência científica.
O interesse científico pelos efeitos benéficos da alimentação mediterrânica sobre a saúde, remonta aos anos 50 do século passado, onde investigadores relacionaram pela primeira vês a alimentação tradicional, de regiões sul da Grécia e de Itália, a uma elevada esperança média de vida, e baixas taxas de doenças crónicas nas respetivas populações. Esta premissa viria a ser aprofundada nos anos seguintes, tendo os seus resultados confirmado a referida relação.
Assim, nos anos 90 o regime tradicional observado nos países da Bacia Mediterrânica foi escolhido como o mais favorável à saúde, vindo a ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde em 1994.
A dieta mediterrânica caracteriza-se por um consumo abundante de frutas, legumes frescos, cereais e leguminosas, por ter o azeite como principal fonte de gordura, por um consumo moderado de produtos animais e de produtos lácteos, e por um consumo moderado de vinho às refeições.
Visando reforçar os benefícios de uma dieta mediterrânica, tendo o azeite como principal fonte de gordura, para a saúde, longevidade e qualidade de vida, o Programa de Sustentabilidade do Azeite do Alentejo reuniu evidência científica produzida entre 2013 e 2019 que confirma esta associação.
Os estudos referidos comprovam benefícios ao nível da prevenção de doenças cardiovasculares, crónicas ou oncológicas, e ainda no bem-estar emocional e na manutenção de uma boa saúde mental. Conheça-os!
Barros, V. (2014). Dieta Mediterrânica e Desenvolvimento Rural.
Diminui o risco de ataque cardíaco
O estudo Primary Prevention of Cardiovascular Disease with a Mediterranean Diet, realizado no âmbito da investigação PREDIMED, em 2013, concluiu que o consumo de azeite, nomeadamente azeite-virgem ou virgem-extra, reduz o risco de doença cardiovascular e o risco de morte por ataque cardíaco, incluindo em populações idosas, caracterizadas por serem grupos de risco.
Fonte: Estruch, R., Ros, E., Salas-Salvadó, J., Covas, M. I., Corella, D., Arós, F., Gómez-Gracia, E., Ruiz-Gutiérrez, V., Fiol, M., Lapetra, J., Lamuela-Raventos, R. M., Serra-Majem, L., Pintó, X., Basora, J., Muñoz, M. A., Sorlí, J. V., Martínez, J. A., Martínez-González, M. A., & PREDIMED Study Investigators (2013).
Reduz o risco de Diabetes Tipo 2
Segundo o estudo Olive Oil in the Prevention and Management of Type 2 Diabetes Mellitus: a Systematic Review and Meta-Analysis of Cohort Studies and Intervention Trials, uma dieta rica em azeite feita por indivíduos saudáveis, reduz o risco de desenvolver Diabetes Tipo 2. O estudo afirma ainda, que em indivíduos já com a doença, uma dieta rica em azeite permite uma maior capacidade de controlo glicémico.
Fonte: Schwingshackl, L., Lampousi, A. M., Portillo, M. P., Romaguera, D., Hoffmann, G., & Boeing, H. (2017).
Diminui valores do mau colesterol
Segundo o estudo Extra Virgin Olive Oil use is associated with Improved Post-Prandial Blood Glucose and LDL Cholesterol in Healthy Subjects, realizado em julho de 2015 num conjunto de 25 indivíduos saudáveis, o consumo de azeite, e a consequente diminuição do consumo de outras gorduras saturadas, contribui para a diminuição de valores do mau colesterol (LDL).
Fonte: Violi, F., Loffredo, L., Pignatelli, P., Angelico, F., Bartimoccia, S., Nocella, C., Cangemi, R., Petruccioli, A., Monticolo, R., Pastori, D., & Carnevale, R. (2015).
Reduz a tensão arterial
Segundo o estudo A Mediterranean Diet Lowers Blood Pressure and improves Endothelial Function: Results from the MedLey Randomized Intervention Trial, realizado por um conjunto de investigadores da University of Western Australia, em 2017, um grupo de homens e mulheres que alterou a sua dieta para uma dieta mediterrânica, rica em azeite, durante 6 meses, viu a sua tensão arterial sistólica reduzida.
Fonte: Davis, C. R., Hodgson, J. M., Woodman, R., Bryan, J., Wilson, C., & Murphy, K. J. (2017).
Pode reduzir o risco de depressão
O estudo Nutritional Aspects of Depression in Adolescents – A Systematic Review, realizado em abril de 2019, demonstra que o consumo regular de alimentos como azeite, peixe, frutos secos, leguminosas, produtos lácteos, frutas e vegetais está inversamente associado ao risco de depressão, demonstrando ainda melhorar alguns sintomas.
Fonte: Khanna, P., Chattu, V. K., & Aeri, B. T. (2019).
Previne o aparecimento de certos tipos de cancro
Segundo o estudo Olive Oil Effects on Colorectal Cancer, realizado em dezembro de 2018, o azeite contém uma variedade de substâncias benéficas que podem ser úteis para a prevenção ou o para o possível tratamento do cancro colorretal. As evidências recolhidas no âmbito deste estudo suportam o potencial quimioterápico do azeite.
Fonte: Borzì AM, Biondi A, Basile F, Luca S, Vicari ESD, Vacante M. (2018).
Outras Fontes: Barros, V. (2014).
International Olive Council. (2022)
CONSULAI & Juan Vilar Consultor Estratégico. (2019).